ORDEM DO DIA
Ao ser convidado pelo Senhor Comandante Geral para Comandar a 3ª Companhia de Polícia Militar Independente, Companhia de Policia Penitenciária, não imaginava que passaria momentos tão agradáveis em minha carreira. Digo isso porque, como uma boa parte de nossa Instituição, não conhecia os detalhes do Policiamento Ostensivo de Guarda Penitenciária. Também, que longe do eixo Plano Piloto e Grandes Cidades Satélites existiam policiais tão valorosos e fáceis de serem motivados.
Recebi o Comando do TC Amorim, que vinha desenvolvendo um trabalho diferenciado e com quem muito aprendi. O que fiz, então, foi estabelecer algumas metas prioritárias e traçar objetivos estratégicos. Estes objetivos foram repassados a todos os componentes da companhia que de pronto os acataram, desferindo os esforços necessários para a sua consecução. Para nossa surpresa foi da tropa, por meio de comunicação aberta com uma singela caixa de sugestões, chamada de “fale com o comandante” que surgiu a idéia de montarmos um grupo altamente treinado para a pronta resposta nos casos de alterações no complexo penitenciário, quando o policiamento convencional tiver esgotado seus recursos. Esta tropa antecederá as ações do BOPE e são compostos de Policiais voluntários que realizaram treinamentos junto ao próprio BOPE e ROTAN.
Contudo, Senhor Comandante são as ações prementes de endomarketing que vêm substanciando a maior das metas da Unidade: a valorização do profissional. Para tanto, este Comando tem buscado resgatar o histórico da Companhia com a coleta de fotografias, documentos e filmagens, (daí a importância da presença dos ex-comandantes – os senhores, juntamente com seus ex-comandados fazem parte do histórico dessa cia). Isso é história, valores que tem sido relegados por alguns, mas que a cia faz questão em cultuar.
Ao Passar o Comanda da 3ª CPMind agradeço ao Comando da Corporação – Senhor Cel Cerqueira, Comandante Geral e Sr Cel Figueiredo Subcomandante geral e Chefe do Estado Maior da Corporação, pela confiança em mim depositada.
Aos Srs Cel Fonseca Cmt Comando de Policiamento e ao Sr Cel Dornelles, Cmt do Comando de Policiamento especializado por terem trabalhado para a consecução das metas já alcançadas como a autorização pelo Comando Geral para a adoção do Uniforme 11º B (Camuflado Rural) e as viaturas novas, inclusive a que servirá ao Grupamento Tático Operacional do Complexo Penitenciário. Sabemos também que os senhores estão comprometidos junto ao comando em buscar a alteração do nome da 3ª CPMInd para CPMP (Companhia de Polícia Militar Penitenciária), para fazer justiça ao serviço especializado que vem sendo realizado por nossos policiais militares anos a fio. (Tal como existe a CPMA, Cia Metrô, BOPE, Batalhão Escolar, Judiciário, das embaixadas, de trânsito, CPRV….queremos deixar de ser PAPUDA por ser estigmatizante e não refletir os serviços por nós prestados.
Aos oficias e Praças da Cia que vem demonstrando grande aptidão para o serviço ostensivo de guarda e escolta. Só nesta última semana, Senhor Comandante, com o acréscimo do serviço voluntário, nossas intervenções nos ônibus e carros que visitam o complexo penitenciário nas quartas e quintas feiras, frustrou o ingresso de maconha, apetrechos utilizados para abertura de algemas, considerável quantidade de craque e ontem realizamos uma prisão em flagrante de tentativa de ingresso de drogas no complexo. Estas intervenções foram alvo de notícias da imprensa local, enaltecedoras do nome de nossa Instituição.
Senhor Comandante, há ainda um anseio da tropa muito grande. Que o senhor está comprometido em resolver, somos testemunhas. É de oferecer as acomodações dignas ao policial militar para o transcurso das jornadas de serviço, tanto do alojamento quanto das guaritas. Causa um desconforto estranho a gritante diferença existente entre as acomodações da Polícia Judiciária em comparação com as utilizadas pela Polícia Ostensiva. Todos estamos cientes que estas acomodações não pertencem a PMDF. Sabemos do empenho de Vossa Excelência em melhorar estas condições, inclusive envidando esforços para a construção do presídio militar.
Agradeço também ao meu subcomandante, Maj Jailson que ombreou comigo e ajudou-me nos momentos difíceis.
Aos meus familiares, que souberam suportar minhas ausências e que me apóiam principalmente minha esposa.
E por último, à Deus, de quem sou e a quem sirvo, vão os meus maiores agradecimentos. À ele seja toda honra, toda glória, todo louvor. Muito obrigado
23/04/2009
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